Num arraiá bordado de estrelas,
O tempo dançou com o coração,
Sessenta anos de estrada vivida,
Viraram festa, fogueira e canção.

As bandeirinhas contavam histórias,
De risos, lutas, sonhos no olhar,
Cada passo ali era memória
Que o tempo não vai apagar.

No centro do arraial da vida,
Um anfitrião sorrindo sem fim,
Com olhos brilhando gratidão,
E alma de menino, ainda assim.

Foi Mônica, companheira leal,
Que ajudou a acender essa chama,
Erguendo com amor cada detalhe,
Com mãos que acolhem e alma que ama.

Luana chegou com seus 35 verões,
Trazendo Matheus, o genro querido,
E Julia, com 30 outonos floridos,
Fez da festa um sonho colorido.

Ítalo, o caçula de 22 janeiros,
Com alegria no peito a vibrar,
Deu à noite um tom verdadeiro,
De quem veio pra celebrar.

E Luma, estrela de apenas seis anos,
Com sorriso de dente faltando,
Fez a fotografia virar quadro de encantos...
E o céu inteiro sair dançando.

Entre comidinhas gostosas e boas risadas,
Mais família, e surpresas, grandes amigos também chegaram,
Com abraços e causos da estrada,
E promessas que ali se firmaram.

Era mais que um aniversário,
Era colheita de tudo que se plantou:
Afeto, coragem, união e cuidado
Que a vida com festa me devolveu, em amor.

Que venham os anos, mais e mais,
Com Terto, forró, rock, esperança e calor,
Pois quem tem ao lado tanto amor,
Tem a eternidade em paz.