Tem gente por aí…
que não aparece na capa da revista,
não tem milhões de seguidores,
nem sabe fazer dancinha no TikTok.
Mas, quando chega…
chega com leveza, com verdade,
com aquele brilho nos olhos
de quem já atravessou furacões e ainda sorri.
São os artistas do cotidiano:
o pintor que conversa com as cores,
o poeta que encontra verso até no barulho do ônibus,
a professora que ensina com um olhar e um bilhetinho na agenda,
o músico que transforma silêncio em respiro,
o inventor que constrói esperança com peças velhas,
e o mentor que não dá respostas, mas acende perguntas.
Essas pessoas são feitas de uma matéria diferente.
Algo entre sonho e coragem.
Elas sentem demais, vivem demais,
e mesmo quando estão quebradas…
são as primeiras a colar os outros.
Carregam no peito um mundo que ainda não existe,
mas que elas insistem em construir com as mãos nuas.
Você talvez passe por elas na rua e nem perceba.
Estão nos cafés simples, nas escolas esquecidas,
nos ateliês improvisados, nos cadernos rabiscados,
nos bancos de praça, nas salas de aula,
no silêncio de quem observa o mundo com carinho.
São humildes,
não porque se diminuem,
mas porque sabem que o segredo da grandeza
é caber no coração do outro.
E o mais bonito?
É que não precisam de muito.
Dão espetáculo com uma ideia,
fazem revolução com um conselho,
mudam destinos com um elogio na hora certa.
São os acordadores de almas.
Aqueles que despertam a criança dentro da gente,
aquela que ainda acredita em finais felizes,
em céu sem filtro, em riso à toa,
em papel de carta, varal de sonhos e chinelo na porta.
São mestres na arte de ser inteiro,
mesmo quando o mundo tenta deixá-los em pedaços.
E não, eles não são heróis de filme.
São de carne, osso, lágrima e abraço.
Têm contas pra pagar, dores pra curar,
mas escolheram ser ponte,
mesmo quando o caminho é só pedra.
Essas pessoas fazem a felicidade parecer simples.
Não porque a vida seja fácil,
mas porque elas aprenderam a não complicar o essencial.
Onde elas passam, algo floresce.
A vida ganha cheiro de café coado,
e o mundo fica um pouquinho mais habitável.
Então, se você encontrar uma dessas almas por aí,
segure firme.
Elas são farol em noite escura,
bússola em dias de nevoeiro,
poesia em tempos de urgência.
São a prova viva de que ser incrível
não tem nada a ver com aparência,
mas com a coragem de continuar doando,
mesmo quando ninguém nota.
E sabe o mais curioso?
Elas nem sabem o quanto são especiais.
Mas o mundo…
o mundo sabe.
E agradece em silêncio.