POESIA DOIDA E VARRIDA
No mingau quente da manhã,
antes da colher tocar o céu da boca,
vem um verso, torto e inquieto:
“Você é mais do que a sopa que engole o silêncio.”
Levanta, alma rebelde!
Teu travesseiro não é trono,
e teus medos não têm trégua.
Mas tua vontade... ah, essa grita!
Grita com dentes de sol,
com punhos de flor,
com olhos que enxergam além da dor.
Você já sorriu hoje?
Não aquele sorriso de “estou bem”,
mas aquele que explode
quando você lembra que ainda está aqui,
inteira(o), lascada(o), mas sonhando.
Faz da tua dor tua tinta,
pinta um futuro que ninguém enxerga.
Dança com o fracasso, flerta com o improvável,
e beija a tua coragem como se fosse
a última chance de não enlouquecer de vez.
Cria.
Cria tua rota, tua meta, tua metaSMART,
tua chama.
Não seja espectador do teu dia.
Levanta do sofá da dúvida
e ocupa o palco do agora.
A felicidade não mora no futuro.
Ela mora na decisão de não desistir.
Ela é subversiva: brota entre escombros,
ri no meio da crise,
e te convida pra um café sem açúcar e sem desculpas.
Então vá!
Fora do normal, fora da média, fora do script.
Pega tua colher, rasga o céu temporal,
e saboreia tua revolução.
Marcio Cerbella
Enviado por Marcio Cerbella em 04/07/2025
Alterado em 04/07/2025