Na dança das chamas de São João,
e no barulhinho das chaves de São Pedro,
há mais que festa, quadrilha e fogueira:
há memória, fé e um povo inteiro.
É no som da sanfona que a alma sorri,
e no milho assado que o afeto se expressa.
Cada estalo no céu é um grito de esperança,
que explode mais alto que qualquer pressa.
Oxóssi caça na mata o sustento da gente,
Xangô julga com o trovão justo e ardente.
E Pedro, a rocha, abre portas pro novo,
com João anunciando o amor como um renovo.
Umbanda, Candomblé, Espiritismo, Evangelho,
todos buscam sentido no mesmo espelho:
o do respeito que une as diferenças,
o do amor que dissolve resistências.
Na festa, o simples vira grandioso.
O laço do forró ensina o precioso:
que não há progresso sem tradição,
nem futuro sem compaixão.
Viver é plantar ideia na terra do coração,
e colher solução regada com intenção.
É misturar sabedoria popular com inovação,
e transformar a crise em transformação.
Seja fora do normal!
“Mas não esqueça: só é forte quem ama com ardor.”
Equilíbrio emocional, autoestima elevada,
são ferramentas de quem na vida não foge da caminhada.
Então que nossa fogueira aqueça a empatia,
que o respeito seja farol em cada dia.
E que nas trilhas da fé ou da razão,
seja o amor a nossa maior tradição.