Sopra o vento, sutil navegador,
Com mãos invisíveis, toca o mar,
Desenha na vela um sussurro de amor,
E guia o destino sem nunca parar.
Na Urca, o embarque é um novo começo,
O Illusionist desliza com leveza e apreço.
Em direção ao Abraão, sob o céu em expansão,
Velejamos com alma, coração e paixão.
O oceano nos desafia com sua grandeza,
Revela mistérios, exige firmeza.
Mas quem ama a aventura do vento e da maré,
Encontra no caos sua própria fé.
De vela aberta, em pleno esplendor,
Contemplamos um quadro pintado de cor:
De um lado a lua cheia, soberana e serena,
Do outro o sol, festejando em cena.
Cortejando a Rainha do Mar com seu brilho fiel,
Num céu onde o tempo é um anel.
E nós, navegantes, entre luz e luar,
Respiramos o sonho, prontos a realizar.
Velejar é dançar com a natureza,
É domar o medo com firmeza e leveza.
É viver a travessia com alma e verdade,
Do concreto ao sonho, da luta à liberdade.
Lá no horizonte, onde o céu beija o mar,
A coragem floresce, começa a criar.
E quem se lança nesse azul sem fim,
Descobre no vento o rumo de si.