No vilarejo de Estagnação, onde tudo seguia o mesmo ritmo, inclusive os passos dos corredores na única pista de terra batida, vivia Lia, uma jovem de 16 anos com um sonho inusitado: ser uma atleta de decágono moderno, uma versão mágica e ultra desafiadora do decatlo, onde além de correr, nadar e arremessar, era preciso derrotar seus próprios medos, usar lógica, trabalhar em equipe e até responder enigmas de dragões!
Lia treinava todos os dias com latas de tinta como pesos e pneus velhos como obstáculos. O que lhe faltava em estrutura, sobrava em paixão. Mas, num dia de desânimo, após escutar que "ninguém da vila jamais seria algo além de comum", Lia pensou em desistir.
Foi quando encontrou "Inovadores & Dragões", o livro mágico escondido entre os achados da biblioteca da escola. Assim que abriu a capa, foi sugada para dentro do Realm dos Possíveis, onde foi recebida por Camila, a Forjadora de Sonhos, e Davi, o Tecno-Arqueiro.
— “Você quer mesmo competir no Decágono?” — perguntou Camila, com um sorriso maroto e um martelo de luz em mãos.
— “Mais do que tudo! Mas é difícil demais... e eu tô sozinha nisso.”
— “Sozinha? Você já derrotou o Dragão da Procrastinação ao começar a treinar sem estrutura. Já venceu a Névoa do Medo quando decidiu continuar mesmo sem apoio. Agora, só falta transformar esse sonho numa meta SMART”, disse Davi, sacando seu Arco do Foco.
Juntos, eles ajudaram Lia a montar um plano:
**S**: Competir no Campeonato Nacional Júnior de Decágono.
**M**: Classificar-se entre as 10 melhores.
**A**: Treinar com o que tem, buscar apoio em ONGs e redes de atletas.
**R**: Porque esporte é sua paixão e seu passaporte para o futuro.
**T**: Nos próximos 12 meses.
Com isso, Lia ganhou seu primeiro Cristal de Clareza. Mas ainda havia o pior obstáculo: o Troll do Medo do Fracasso, que murmurava: "E se você cair na primeira prova? E se todos rirem de você?"
Ela então lembrou das palavras de Camila: “Coragem não é ausência de medo, é agir apesar dele.” Pegou o Martelo da Resiliência e encarou o troll. Cada vez que caía nos treinos, levantava e anotava o que aprendeu. Cada não que recebia de um patrocinador, redirecionava sua abordagem. E assim, o troll se encolheu até sumir.
De volta ao mundo real, Lia usou tudo o que aprendeu: escreveu seu próprio projeto de patrocínio, apresentou um pitch eficaz para empresários da cidade (obrigada, João, o Bardo Persuasivo!), montou uma vaquinha online, e criou um canal para inspirar outras meninas a serem atletas fora do comum.
Um ano depois, Lia cruzava a linha de chegada do Campeonato Nacional. Não ficou em primeiro lugar, mas ganhou uma medalha que valia mais: a do protagonismo sobre a própria vida.
E ao ser entrevistada, disse:
— "A jornada me ensinou que cada desafio é um dragão, e que não se vence ou se treina dragões apenas com força... mas com persistência, estratégia e autoestima. Aprendi isso com a Luma, o Davi, a Camila... e com a Lia de ontem, que acreditou na Lia de hoje."
E você? Já começou a escrever sua própria aventura?