Lá no alto, serena e sozinha,
Uma estrela brilha e se alinha.
Não fala nada, mas diz demais,
Com seu silêncio que acalma e traz paz.

Não corre o tempo, não muda a pressa,
Apenas reluz, apenas começa.
É ponto de luz no pano do céu,
Que acende esperança e rasga o véu.

Brilha tranquila, sem ser notada,
Mas quem a vê se sente encantada.
E mesmo distante, tão pequenina,
É como farol pra mente e retina.

Faz companhia sem invadir,
Ilumina sem nunca ferir.
Na noite funda, no céu sem cor,
É como um traço pintado de amor.

Estrela guia,
Que faz o sonho ganhar cor,
Que traz no céu um traço de alegria
E espalha no ar um sopro de amor.

Em meio ao silêncio, entre nuvens soltas,
Ela repousa entre as voltas.
Não mostra a rota com precisão,
Mas tira o peso do coração.

Como se dissesse: “Siga, vai,
Mesmo sem saber onde isso dá.”
Ela não aponta um final certo,
Mas faz do incerto um lugar de estar.

E se o escuro tenta dominar,
Ela insiste em continuar.
Mesmo fraquinha pra quem não vê,
É luz bastante pra renascer.

Quem olha pra cima e vê sua dança
Talvez entenda o que é esperança:
É crer no que ainda não se tocou,
É andar no escuro com o peito em flor.

No fim da estrada, se tudo falhar,
Se o mundo pesar ou desmoronar,
Ainda haverá quem se guie em silêncio
Por uma estrela que só sabe brilhar.