Quando Parte um Semeador de Luz
Quando parte um homem que plantava compaixão, o céu não silencia ele acolhe em canção.
Francisco, o Papa dos simples e dos últimos,
deixa na Terra um legado que não cabe em palavras, mas floresce nos gestos.
Não importa a veste, nem o trono, mas o quanto curou feridas com o olhar.
Sua voz era oração em forma de ato, um convite à paz mesmo em meio à guerra dos egos.
Ele, que andava descalço nos corações, soube negociar com a alma humana, com a moeda da empatia, o lucro da esperança.
Não morreu o homem, ascendeu o espírito,
que agora negocia luz nos mercados do infinito.
E que seu “simples jeito de ser” continue divulgando o que o mundo tem de mais nobre:
a humildade de ouvir, a coragem de acolher,
e a fé de que ainda podemos sorrir mesmo com os olhos molhados.
Pois, como disse algumas vezes, “a vida é empreender no invisível”, e Francisco empreendeu Amor com saldo eterno positivo.
Vai em paz, irmão de todas as causas, e que tua ausência seja presença no abraço entre os homens.
E que teu silêncio agora grite para que acordemos da indiferença.
Marcio Cerbella
Enviado por Marcio Cerbella em 21/04/2025
Alterado em 21/04/2025