Nas telas brilhantes, promessas de ouro,  
Caminhos fáceis, um destino novo.  
Mas o clique que vibra a palma da mão,  
É laço invisível… armadilha em ação.

Corações batem no ritmo da roleta,  
Vidas inteiras viram aposta secreta.  
Um pai, um jovem, uma mãe sem saber,  
Jogam esperança no que só vai doer.

O brilho das BETs esconde o escuro,  
Falsas vitórias em um jogo tão duro.  
Famílias partidas, lares desfeitos,  
Amor que sangra em silêncios estreitos.

Quantos sorrisos se perderam no vício?  
Quantos sonhos foram preço e sacrifício?  
A cada aposta, um elo se parte,  
Na dança cruel que esconde a verdade.

Mas esse poema é um grito, é chamado:  
Por um futuro mais limpo, mais claro.  
Onde o jogo é viver com coragem no peito,  
E o prêmio é a paz de um caminho direito.

Que voltem os risos às salas, às praças,  
Que os lares se encham de vozes e graças.  
Diga não ao engano, abrace a verdade:  
A maior aposta é viver com vontade.

E se hoje alguém ainda está preso ao vício,  
Estenda a mão, há sempre um início.  
Pois mesmo em ruínas, se planta esperança:  
O amor é semente… e sempre alcança.